Com o envelhecimento da população no Brasil cresce cada vez mais o uso da prótese de quadril - Hospital Vila da Serra

Com o envelhecimento da população no Brasil cresce cada vez mais o uso da prótese de quadril

Data da publicação: 30/05/2011

Pessoas com idade acima de 60 anos que sofrem de osteoartrose são as principais candidatas ao uso da prótese de quadril, uma demanda crescente nos serviços de saúde do país em função do envelhecimento da população. A técnica consiste na substituição da articulação do quadril doente por uma prótese artificial e é indicada apenas para casos em que a cirurgia restauradora não surte efeito. O bom funcionamento da articulação do quadril, ressalta o ortopedista Guydo Marques Horta Duarte, especialista em quadril, coordenador do serviço de ortopedia do Hospital Vila da Serra,  “é essencial para o ser humano, pois é esta junta que faz ligação entre o corpo e os membros inferiores”.

Quem não consegue articular o quadril não anda, perde a autonomia e a qualidade de vida. São, em sua maioria, pacientes idosos que se vêem limitados a uma vida sedentária que os afasta gradativamente do convívio social. Mas a prótese também é indicada para pacientes com osteonecrose, doenças reumáticas ou que tenham sofrido fraturas no colo de fêmur.

 “O que notamos é que a demanda pelas próteses de quadril é crescente, porque cada vez mais temos pacientes idosos”, explica o médico, alertando para o fato de que a disponibilidade delas ainda não é suficiente no sistema de saúde para suprir a demanda. O Brasil tem hoje, segundo dados do IBGE, 19 milhões de habitantes com 60 anos ou mais, 10% da população. E a tendência é de que este número cresça, graças, em especial, aos avanços da medicina.

“A maioria dos pacientes que precisam de prótese de quadril tem entre 60 e 70 anos”, lembra o médico, ressalvando, entretanto, que muitos jovens já se beneficiaram da técnica. A média de idade, em seu consultório, é de 59 anos, mas ele tem pacientes na faixa etária de 19 a 96. A diferença é que o paciente com mais de 60 anos pode permanecer com a mesma prótese pelo resta da vida, já os mais jovens precisarão fazer uma revisão em alguma época e, eventualmente, substituí-la.

A durabilidade da prótese, segundo o médico, vai depender principalmente de três fatores: A técnica cirúrgica, a qualidade do material e o uso que o paciente faz dela. É que a substituição da articulação do quadril por outra artificial requer alguns cuidados, um dos mais importantes é evitar impactos. O paciente pode nadar, fazer caminhadas, hidroginástica, dança de salão e outros esportes que não sobrecarreguem ou exijam esforço concentrado na junta. O objetivo é que as pessoas levem vida normal depois de operadas.

O mais gratificante na cirurgia, frisa Guydo Marques,  é que os pacientes que utilizam a prótese de quadril relatam que “recobraram a vida”. Elas voltam a andar dois dias após a cirurgia e vão colher resultados mais significativos cerca de  dois meses depois, quando, já sem dores,  voltam a caminhar, a se movimentar, emagrecem e, sobretudo, recuperam   a independência”.