Os impactos do Tabagismo na saúde - Hospital Vila da Serra

Os impactos do Tabagismo na saúde

Data da publicação: 24/08/2015

Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável do mundo, o hábito de fumar está associado ao prazer, razões sociais ou ao fato de satisfazer o vício. Porém, essa prática traz grandes consequências, uma vez que o cigarro possui, além do tabaco, outras substâncias tóxicas que são extremamente prejudiciais à saúde. Além de causar dependência e distúrbios no metabolismo, elas favorecem o surgimento de patologias como o câncer de pulmão, o enfisema, as doenças cardiovasculares e etc.

Estima-se que existam cerca de 4.720 sustâncias presentes na fumaça dos derivados do tabaco. Elas são responsáveis por aproximadamente 50 tipos de doenças diferentes, que acabam por acometer não apenas o fumante, mas também os denominados “fumantes passivos”, ou seja, aqueles que inalam a fumaça do cigarro. A fumaça possui três vezes mais nicotina, monóxido de carbono e cerca de 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça tragada pelo fumante. Isso faz com que, segundo a OMS, o fumante passivo ocupe o terceiro lugar na lista de mortes evitáveis.

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Tendo o cigarro como o maior agente de poluição doméstica e ambiental, autoridades governamentais têm buscado estabelecer leis municipais e estaduais a fim de garantir o direito dos não fumantes, além de trabalhar a questão da conscientização, uma vez que o cigarro tornou-se um problema de saúde pública em todo o mundo.

O tabagismo é reconhecidamente uma doença epidêmica e ao causar dependência química, psicológica e comportamental, assemelha-se a outras drogas como o álcool, a cocaína e a heroína. A substância que causa a dependência do cigarro é a nicotina, que ao ser inalada, demora cerca de 7 a 19 segundos para atingir o cérebro e causa alterações no sistema nervoso central. Com o uso frequente dessa substância, o cérebro adapta-se e passa a precisar de níveis cada vez maiores da nicotina para manter o mesmo grau de satisfação que tinha no início. Por esse motivo, os fumantes passam a consumir cada vez mais um número maior de cigarros por dia.

Com o aumento da dependência e, consequentemente, do consumo do cigarro e suas substâncias nocivas à saúde, o risco de se contrair doenças crônicas que podem levar à invalidez e até à morte, também aumenta. No Brasil, o cigarro é responsável por 200 mil mortes por ano, cerca de 23 pessoas por hora.

Dentre as doenças decorrentes desse vício, o câncer de pulmão é, sem dúvidas, a mais comum. Porém, outros tipos de câncer são mais presentes nos fumantes, como o câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rim e colo de útero. Também é frequente o surgimento de infarto, angina, derrame cerebral e doenças respiratórias obstrutivas crônicas, tais como o enfisema e a bronquite. O fumo pode causar ainda impotência sexual no homem, complicações na gravidez, úlcera do aparelho digestivo e infecções respiratórias. Um indivíduo que fumou por muitos anos possui sua expectativa de vida reduzida em cerca de 13 anos e pelo menos 50% dos fumantes morrerão de alguma doença ligada diretamente ao consumo do cigarro.

Mas nunca é tarde para parar. Existem diversos benefícios para aqueles que deixam de fumar, como a melhora das funções vitais de respiração, pressão arterial, circulação e resistência física e após 5 a 10 anos sem o cigarro, o risco de infarto é igual ao de quem nunca fumou.

Por isso, se você conhece alguém que não consegue largar o cigarro, ou se você mesmo é um fumante que sofre com o vício, procure a ajuda de um profissional para auxiliá-lo na mudança de hábito. Quanto mais cedo você parar de fumar, menor será o risco de contrair uma doença. Quem não fuma, escolhe viver bem!