Clínica de Reprodução Assistida do HVS comemora um ano de atividades - Notícias - Hospital Vila da Serra

Clínica de Reprodução Assistida do HVS comemora um ano de atividades

Data da publicação: 16/02/2011

No mês em que comemora um ano de atividades a Clínica de Reprodução Assistida do Hospital Vila da Serra, Clínica Vilara traz para Minas Gerais o Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (também conhecido no Brasil como PGD ou DPI)com a utilização do CGH-Array. Esta técnica é considerada um grande passo das técnicas de Reprodução Assistida e a “idéia deste tratamento é retirar uma ou mais células, seja dos pré-embriões (zigotos), dos embriões ou blastocistos para, então, realizar algum tipo de estudo genético com o objetivo de se identificar alguma doença gênica específica ou aberrações cromossômicas não compatíveis com a vida. Após esta identificação, apenas os embriões normais são transferidos para o útero da paciente”, explica Dr Sandro Sabino diretor do laboratório da Clínica VILARA. Dr Sandro afirma ainda que a realização deste procedimento pode impedir que o casal venha a ter um filho com determinada doença, o sucesso desta técnica chega a 98%.

Nesta técnica chamada CGH Array (hibridização genômica comparada)os 23 pares de cromossomos podem ser analisados em uma única célula embrionária biopsiada, ao contrário da técnica anterior. Trata-se de uma grande evolução, já que, pela primeira vez, todos os pares cromossômicos são estudados, desta forma, mais uma vez a expectativa no meio científico com relação aos resultados é muito grande, comenta Dr Sabino. Tal como na época em que o PGD-FISH começou a ser utilizado, espera-se um aumento das taxas de gravidez com uma redução quase a zero dos abortamentos, já que um dos principais fatores envolvidos está sendo avaliado, as aneuploidias. Os primeiros resultados são muito animadores. A casuística ainda é pequena, mas a taxa de gravidez observada, até o presente momento, tem sido elevada com uma taxa de abortamento baixíssima.

A técnica de CGH não é totalmente nova, no início dos anos 90 ela começou a ser utilizada, porém, os resultados demoravam alguns dias para serem obtidos (cerca de 72 horas) o que limitava o seu uso apenas para casos de biópsias em zigotos (pré-embriões com um dia pós fertilização) pois os embriões devem ser transferidos no máximo até o sexto dia de cultivo. Para o emprego desta técnica nos demais estágios se fazia obrigatório o congelamento dos embriões para uma programação futura da transferência embrionária. Com o CGH Array o resultado é obtido com cerca de 24 horas após a biópsia embrionária o que permite a transferência dos embriões normais no mesmo ciclo. %u201CComo toda técnica nova o CGH Array necessita de uma casuística maior para evidenciar o quanto ele nos será útil como ferramenta para aumentar as taxas de gravidez e reduzir as perdas fetais precoces%u201D comenta Dr. Sandro. Os resultados iniciais são muito promissores. Tudo indica que este desenvolvimento das técnicas de Diagnóstico Pré-Implantacional será a revolução desta nova década que se inicia.