Qualidade de Vida é igual à Qualidade de Sono

Você acha que dorme mal? Tem insônia ou se mexe a noite inteira na cama? Seu parceiro ronca muito e você não consegue pegar no sono? Atenção, todos esses sintomas podem ser sinais de distúrbios de sono, problemas que, quando não tratados, geram conseqüências graves.

“Qualidade de vida é igual à qualidade de sono”, resume o neurofisiologista  Welser Machado de Oliveira, especialista em Medicina do Sono e coordenador do Serviço de Polissonografia do Hospital Vila da Serra. Segundo ele, quem não dorme bem fica irritado no dia seguinte, sonolento e com rendimento comprometido. Se a situação persiste, a pessoa pode engordar, ficar deprimida, hipertensa ou até sofrer arritmia cardíaca. “Crianças com baixo rendimento na escola ou muito agitadas também podem estar enfrentando o mesmo problema”, acrescenta.

O ideal, de acordo com o Dr. Welser Machado, é que as pessoas, homens ou mulheres, durmam de sete a oito horas por noite, embora há quem se contente com quatro ou cinco horas. O problema começa quando o indivíduo passa a dormir menos do que precisa, o que tem sido um comportamento relativamente comum entre adolescentes  e adultos jovens, que costumam perder duas a três horas de sono por noite ligados em computadores, televisão e outros apelos do mundo moderno. “Eles se privam do sono voluntariamente, mas as conseqüências virão da mesma forma”, adverte o neurofisiologista. Algumas conseqüências incluem: nervosismo, depressão, libido em baixa e hipertensão. “O sono é como o cheque especial. Precisou usar, reponha o mais rápido possível, porque o preço a ser pago é alto!”, adverte o médico.