Embolização do mioma uterino: uma solução para as mulheres que desejam engravidar

Equipe Multidisciplinar do HVS composta por ginecologistas, hemodinamicistas e anestesitas para garantir a responsabilidade ás indicações

Pesquisas apontam que cerca de 40% das mulheres em idade reprodutiva podem apresentar miomatozes, cujos sintomas incluem: sangramento, urgência mixonal, dor abdominal e pélvica e aumento da circunferência abdominal. O surgimento da embolização de miomas uterinos trouxe uma nova perspectiva no tratamento dessa doença. “Até então, o tratamento dos miomas sempre foi limitado a histerectomia (cirurgia de retirada do útero) ou à miomectomia (cirurgia de retirada dos miomas), deixando tanto a mulher, quanto o próprio médico, sem alternativas”, conta o Dr. João Carlos Belo Lisboa, coordenador do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Vila da Serra.

De acordo com Lisboa, o sucesso do resultado dessa embolização está diretamente relacionado a todo o processo de investigação, diagnóstico, indicação do procedimento e acompanhamento pós-embolização. “A embolização consta na interrupção do fluxo sanguíneo arterial para os miomas, ou seja, é um infarto dos miomas, que entram em um processo lento e gradual de degeneração. A degeneração leva, por sua vez, à redução do volume dos miomas e, principalmente, dos sintomas provocados por eles”, explica. Centenas de publicações mundiais mostram que o método é seguro e eficaz, atingindo em média 80% de sucesso dos casos. Por ser um procedimento minimamente invasivo, o tempo de internação hospitalar é bastante reduzido (em torno de 24 horas). O retorno às atividades de trabalho e aos exercícios físicos ocorre em até uma semana e a incidência de complicações é relativamente menor do que a da histerectomia.