28/05 Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna
Uma data que simboliza uma necessidade: instigar a conscientização sobre os direitos das mães, alertando a sociedade para as estatísticas de mortalidade materna.
Os dados são preocupantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 2 minutos, uma mulher morre durante a gravidez, no parto ou após a ele, devido a complicações. As causas mais comuns que levam ao óbito materno são hipertensão gestacional, hemorragias graves no momento do parto e infecções provenientes de abortos inseguros.
Por que hipertensão?
A hipertensão pode desencadear um quadro de pré-eclâmpsia, que é o aumento da pressão arterial durante a gestação. Em quadros incontroláveis, é necessário antecipar o parto para a retirada da placenta, como medida para evitar a morte da mãe e/ou bebê.
Por que hemorragia?
Muitos casos de hemorragia se devem ao acretismo placentário, quando a placenta adere-se ao útero após o parto. Tal condição está diretamente ligada às práticas sucessivas de cesáreas e placenta prévia. Se o volume de sangue perdido é intenso e rápido durante o parto, a mãe pode ter choque, podendo levá-la ao óbito.
Por que aborto?
As práticas de aborto ilegal aumentam consideravelmente os índices de morte materna. A interrupção de uma gravidez indesejada por meios ilícitos pode levar a mulher a desenvolver infecções difíceis de controlar. Uma medida é a retirada do útero, mas há casos em que o óbito é inevitável.
Para reduzir os casos de mortalidade materna, é fundamental que todas as gestantes tenham acesso e façam acompanhamento pré-natal, com média recomendada de 7 consultas. Só assim torna-se possível detectar possíveis problemas futuros e garantindo uma gravidez tranquila e mais segura.
Tal redução é um desafio que a sociedade política e civil precisam assumir de forma consciente, a fim de garantir o direito a todas as mães de ter acompanhamento pré-natal e atendimento em hospitais de qualidade.