AVC é a segunda causa de mortes no mundo e avança nos países de baixa e média renda
Hipertensão é um dos principais fatores de risco.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a segunda causa de mortes no mundo, figura entre os principais agentes incapacitantes e acometerá um em cada quatro adultos durante a vida. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revela que a hipertensão é um fator de risco muito comum de acidentes vasculares cerebrais, mas o coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Vila da Serra, Dr. Daniel Isoni Martins, frisa que diabetes, tabagismo, dislipidemia (aumento do colesterol), doenças cardíacas, consumo de bebida alcoólica, sedentarismo e idade também podem favorecer o AVC.
“Os tipos de AVC mais frequentes são o isquêmico, em 85% dos casos, provocado pela falta de sangue devido ao entupimento do vaso que leva o sangue a determinada região do cérebro; e o hemorrágico, que responde por 15% dos quadros, quando falta sangue e fluxo sanguíneo por ruptura de um vaso”, elucida Dr. Daniel Isoni Martins.
O médico faz um alerta: a prevalência do AVC está aumentando, principalmente nos países de baixa e média renda. “São regiões carentes de falta de controle dos fatores de risco e de acentuado envelhecimento populacional, condições que exercem pressão adicional no número absoluto de pessoas que terão um AVC”, explica.
De acordo com o neurologista, os sintomas do AVC são súbitos, daí a importância de adotar medidas preventivas. “Os sinais envolvem perda de força em um membro; alteração súbita da linguagem (dificuldade para falar, fala arrastada, embolada, dificuldade de se expressar ou até mesmo entender o que está sendo dito, o que se passa a seu redor); desvio de comissura labial (boca torta); tonteira, perda visual e cefaleia (dor de cabeça) momentâneas; perda do equilíbrio, da coordenação motora, dentre outros. É fundamental dar atenção à saúde de uma maneira geral. Faça um controle de peso, pratique atividade física regular, controle a pressão, glicose e o colesterol, abandone o tabagismo e o etilismo, reduza estresse. Quando necessário, o médico indica medicações específicas”, orienta.
Em caso de suspeita, Dr. Daniel Isoni Martins recomenda se dirigir imediatamente para um hospital e não para a UPA. “Não há nada que o acompanhante do paciente possa fazer até o atendimento médico, pois o tratamento só poderá ser definido na chegada ao hospital. Quanto mais rápido o paciente chegar, maiores serão as chances de um tratamento adequado e eficaz. Até quatro horas e meia a medicação ajuda a desentupir a circulação em caso de isquemia. Até seis horas após o dano, o vaso pode ser desobstruído via cateterismo”, informa.
As sequelas do acidente vascular cerebral consistem em problemas cognitivos (memória, raciocínio, orientação, cálculo, atenção etc), motores, de equilíbrio, na fala, deglutição, visuais, urinários (urina solta ou presa). “Por vezes os danos podem ser mais graves, levando o indivíduo à restrição no leito, sem poder andar, sentar-se, comunicar-se, engolir”, pontua o coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Vila da Serra.
Hospital Vila da Serra utiliza protocolos internacionais para atendimento a casos de AVC
Como Dr. Daniel Isoni Martins ressaltou, o tempo é um aliado para um tratamento bem-sucedido do derrame cerebral. O Hospital Vila da Serra conta com uma equipe de plantão exclusiva no pronto-socorro para casos agudos/emergência, além de ambulatório, para controle, acompanhamento, orientações e prevenção.
“Temos uma equipe altamente treinada e capacitada pela Iniciativa Angels – um projeto internacional que qualifica os centros médicos para tratar o AVC a partir de protocolos modernos e atualizados que viabilizam um atendimento mais ágil e seguro – desde porteiros aos profissionais de enfermagem, neurologistas clínicos, neurocirurgiões e neurovascular (hemodinâmica)”, acentua o médico.