Diagnóstico precoce é fundamental para tratar síndrome do ovário policístico - Hospital Vila da Serra

Diagnóstico precoce é fundamental para tratar síndrome do ovário policístico

Data da publicação: 09/06/2022

Menstruação irregular, hiperandrogenismo (crescimento indesejado de pelos), acne, ganho de peso e queda de cabelo são as principais características da síndrome do ovário policístico (SOP), doença que afeta até 15% das mulheres em idade fértil. 

 

“A síndrome do ovário policístico é um distúrbio crônico no qual a mulher não ovula, produz em excesso testosterona, que é o hormônio masculino, e desenvolve vários cistos nos ovários. Existe uma associação entre a condição e a diabetes mellitus tipo 2 (DM2), com um risco quatro vezes maior de desenvolver a doença metabólica”, esclarece Dr. Antônio Eugênio Motta Ferrari, especialista em reprodução assistida da Clínica Vilara do Hospital Vila da Serra. 

 

O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento e aliviar os desconfortos que a SOP causa – podendo prejudicar até a rotina profissional. No entanto, um estudo publicado no JCEM (The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism) com pacientes de países da América do Norte e da Europa revelou um longo atraso na descoberta da doença: 33% das mulheres informaram que o diagnóstico demorou mais de dois anos; cerca de 47% das entrevistadas precisaram passar por três ou mais profissionais de saúde para receber o diagnóstico.

 

Dr. Antônio Eugênio Motta Ferrari explica que o tratamento é feito por meio de pílula anticoncepcional para regular a menstruação e controlar a produção de testosterona, mas também é importante manter o peso adequado, pois a obesidade piora o quadro, com a prática regular de atividade física e a adoção de uma alimentação equilibrada, rica em fibras e nutrientes.

 

O especialista acrescenta que mulheres com síndrome do ovário policístico podem engravidar. “Mediante orientação de um especialista em reprodução assistida, a paciente que planeja a maternidade realiza um tratamento de indução da ovulação. Atualmente existem novas drogas com menos efeitos colaterais com taxas de sucesso muito boas”, relata.