Frio aumenta incidência de doenças respiratórias pediátricas
O período do outono/inverno favorece o aumento de doenças respiratórias em crianças, como resfriado, gripe, sinusite, rinite alérgica, vírus sincicial respiratório (VSR – responsável pelo surgimento de bronquiolite aguda e pneumonia) e asma, por isso pais e responsáveis devem ficar atentos ao primeiro sintoma e buscar orientação de um pediatra para que o quadro não avance. Estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), feito a partir de dados coletados do Sistema Único de Saúde (SUS), aponta que 44% das mortes de crianças de 0 a 6 anos são decorrentes de complicações perinatais ou doenças respiratórias, infecciosas e parasitárias, e poderiam ser evitadas com o devido atendimento médico.
Segundo Dr. Nivio Tadeu Gil de Lima, pediatra do Hospital Vila da Serra, o frio acelera a proliferação de vírus e bactérias. “Junto a isso, ambientes fechados, sem circulação de ar, contribuem para a contaminação. É primordial manter as janelas abertas, orientar as crianças a higienizar as mãos com água e sabão constantemente, já que são o principal veículo de transmissão, e não levar a criança à escola se estiver com alguma infecção das vias aéreas”, orienta.
O pediatra ressalva que é fundamental manter o cartão de vacinação em dia. “A imunização contra o vírus Influenza é o modo mais eficaz de prevenção contra a gripe e de suas complicações. Já as vacinas pneumocócicas e anti-Haemophilus influenzae tipo B protegem de infecções como meningite e pneumonia”, esclarece.
Dr. Nivio Tadeu Gil de Lima lembra que os pais só devem levar a criança ao pronto-socorro na presença de febre acima de 37,8°C há mais de 48 horas, diarreia e insuficiência respiratória para não sobrecarregar a emergência hospitalar. “Caso não seja uma situação de urgência, o melhor é levar a criança ao posto de saúde ou ao consultório para que o pediatra examine, prescreva a medicação necessária, oriente os pais e acompanhe o quadro clínico”, afirma o coordenador da pediatria do Hospital Vila da Serra.