O vírus HPV e a importância da vacinação
Saiba o que é vírus HPV e importância da vacinação
O HPV (papilomavírus humano) é o nome dado ao grupo de vírus que engloba cerca de 150 tipos diferenciados. Dentre eles, uma parte significativa afeta diretamente as partes genitais. Por isso, muitos associam diretamente a presença do vírus através do contágio sexual. Porém, não se podem descartar outras vias de contágio, como pele e mucosa infectadas ou até mesmo durante o parto, de mãe para filho.
Como a DST é detectada
Nos homens, as lesões são facilmente reconhecidas por exame clínico-visual, pois a anatomia do órgão masculino favorece a identificação imediata pelo médico. Porém, existe a probabilidade de não ser detectada a olho nu. Neste caso, o médico poderá indicar um teste chamado peniscopia.
Já nas mulheres, as lesões podem se expandir por toda a área genital e chegar ao colo do útero. Portanto, são visualmente difíceis de perceber. Neste caso, o HPV é identificado somente com exames especializados, como o Papanicolau, e descamação da pele para biópsia.
Além do trato genital, o vírus pode originar verrugas na pele, lábios, boca e cordas vocais.
Riscos do HPV
Especificamente no trato genital, as lesões imprimem elevado risco, pois podem resultar em tumores malignos. Entretanto, não podemos definir a infecção pelo HPV como resultado certo de câncer.
O contato com um dos tipos de vírus é muito comum. Cerca de 80% das mulheres terão, ao logo da vida, contato com pelo menos um dos tipos de papiloma existentes. Em muitos casos, a presença da infecção é temporária, pois é combatida pelo sistema imune.
Sintomas
Em alguns casos, a doença não manifesta sintoma; em outros, pode se manifestar em forma de verrugas, semelhantes ao formato de uma couve-flor, sendo identificados em exames clínicos ou em exames especializados. O caso se agrava quando há multiplicação acelerada das células infectadas pelo vírus, resultando no diagnóstico de câncer.
Possíveis tratamentos
Em muitos casos, a doença é eliminada pelo sistema imune e as mulheres nem percebem que já tiveram contato com o vírus.
Quando se detecta a presença do HPV, ele não pode ser combatido, e sim as lesões pré-malignas e verrugas originadas pela presença do vírus. Os procedimentos prováveis são cauterização e laser. Se o diagnóstico dor câncer, o tratamento é cirúrgico.
Vacinação
Em março de 2014 deu-se início à Campanha de Vacinação Contra o HPV. O objetivo é que as pré-adolescentes de 11 a 13 anos tomem a vacina. Nesta faixa etária, estima-se que ainda não iniciaram a vida sexual ativa. Portanto, por não ter tido até então nenhum contato com o vírus, a vacina torna extremamente eficaz na prevenção.
A vacinação compreende-se em três doses. A segunda aplicação deverá ser feita seis meses após à primeira. Já a última, cinco anos depois.
Para facilitar a abordagem do público-alvo, os agentes de saúde irão às escolas particulares e públicas para aplicar a vacina. Se o responsável não concorda com a imunização, deve assinar um termo e entregá-lo ao agente de saúde.
É importante salientar que é de suma importância a vacinação, pois o câncer do colo do útero é a segunda maior causa de morte entre as mulheres e a imunização precoce é uma aliada no combate às estatísticas tão elevadas. Quer mais informações? Confira aqui o Guia Prático sobre o HPV – Perguntas e Respostas – disponibilizado pelo Ministério da Saúde.