Obstetrícia em Colapso
A especialidade que lida com a vida e o nascimento – vinculada fortemente à família e aos futuros pais – encontra-se numa situação grave, tanto para os médicos quanto para as gestantes.
As maternidades estão em crise. Não há vagas suficientes para o número de pacientes. As UTI’s neonatais estão superlotadas e frequentemente se vêem obrigadas a suspender o atendimento por falta de condições.
As maternidades, tanto do SUS quanto do setor privado, estão com falta de obstetras devido à baixa remuneração. Nos últimos 15 anos, o número de novos obstetras formados vem diminuindo continuamente e diversas residências médicas em Ginecologia e Obstetrícia foram fechadas. As que permanecem diminuíram o número de vagas, principalmente por falta de candidatos.
Assim, tenta-se controlar esse problema pagando uma complementação ao profissional garantindo uma remuneração mínima pelo plantão. Ou seja, como os convênios pagam muito mal, após 12 horas de trabalho no pronto atendimento de ginecologia e obstetrícia, fazendo partos, os médicos recebem um valor irrisório para que o profissional não desista de dar plantão. Isso onera ainda mais as maternidades, que em Minas Gerais recebem o menor valor pago por um atendimento obstétrico de todo o Brasil. Não é à toa que elas estão fechando as portas ou não investem em ampliação.