Dor ou incapacidade funcional dos membros exigem atendimento ortopédico urgente, mesmo em tempo de pandemia
Nesse momento de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), as pessoas estão se afastando dos consultórios médicos e pronto atendimentos hospitalares com medo de serem infectadas pela Covid-19. Porém, há situações e afecções que não podem esperar pelo atendimento. De acordo com o Dr. Guydo Marques Horta Duarte, cirurgião do quadril e Coordenador da Clínica Ortopédica do Hospital Vila da Serra, “a dor é o principal sintoma de alerta das doenças músculo esqueléticas. Assim, qualquer um que apresente dor súbita ou insidiosa, relacionadas ou não a traumatismos, deve buscar atendimento ortopédico”.
Entre as situações emergenciais mais comuns, destaca, “estão a dor e a incapacidade funcional dos membros, das regiões lombar, cervical e torácica, bem como as dores crônicas de doenças já com diagnóstico, cujos sintomas apresentem agravamento, exigindo atendimento médico para maior avaliação e tratamento”.
Segundo o Dr. Guydo Marques, as consequências de não ir ao pronto atendimento e/ou ao consultório com agendamento são as mais variadas possíveis, dependendo do tipo de doença. “Na minha opinião não há necessidade de adiamento das consultas devido a pandemia. O paciente pode agendar as consultas normalmente, tomando as medidas protetivas preconizadas pelas autoridades sanitárias, como uso de máscaras, lavagem frequente das mãos, uso de álcool em gel e, se necessário, uso de luvas, medidas essas que já vêm sendo adotadas no Hospital Vila da Serra”.
Com relação às cirurgias eletivas na área da Ortopedia, o médico informa que elas já podem ser retomadas. No Hospital Vila da Serra elas já estão liberadas, a critério dos cirurgiões. “E elas não precisam ser adiadas caso o paciente não apresente comorbidade associada que piore o prognóstico. Porém, a relação entre o risco e o benefício para cada situação deve ser avaliada individualmente”, explica o médico.
Nesse sentido, acrescenta Dr. Guydo Marques, “o momento exige muito cuidado para que o medo da pandemia não agrave doenças preexistentes, por falta de controle médico,e que não tenham a adoção de medidas preventivas e alterações necessárias no tratamento das mesmas”. Muitas afecções músculo esqueléticas, alerta o médico, “agravam-se com o confinamento, que leva a inatividade física, como osteoporose e lombalgias, por exemplo”.