Efeito dos hormônios na reprodução assistida
A infertilidade já deixou de ser um empecilho para os casais que querem filhos há alguns anos. A mudança foi possível com a evolução da medicina com métodos de fertilidade assistida, como coito programado, inseminação intra-uterina e fertilização in vitro. Conforme estudo elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil realizou mais de 57 mil transferências de embriões em pacientes submetidas a técnicas de fertilização in vitro, em 2013. Contudo, é importante o acompanhamento de um especialista durante esses processos, já que o uso de alta dosagem de hormônios, iminentes às técnicas de fertilização, tem diversos efeitos colaterais.
O primeiro passo para quem deseja recorrer à técnica de fertilização assistida é procurar um especialista experiente, pois prescrever os exames fundamentais para análise e indicação do método mais adequado. De acordo com Antônio Eugênio Motta Ferrari, Diretor Clínico da Clínica Vilara, “é importante diálogo entre médicos e pacientes, antes de tomarem qualquer decisão, para esclarecimentos sobre os procedimentos, custos, riscos, complicações, chances de obter bons resultados e, em caso de falha, outros possíveis tratamentos”.
O especialista esclarece que as técnicas de coito programado e a inseminação intra-uterina são bem similares. “Nos dois procedimentos, os hormônios são utilizados para induzir a ovulação. Com o auxílio de exames de ultrassom, conseguimos detectar a maturidade dos óvulos e diagnosticar o melhor momento para o casal manter relação sexual ou, no caso da inseminação, injetar o sêmen do parceiro (previamente colhido)”, pontua.
“A fertilização in vitro também requer hormônios para induzir a ovulação. No entanto, a paciente precisa se submeter à cirurgia de captação de óvulos, na qual serão selecionados e fecundados pelos espermatozoides do parceiro para formarem embriões. Eles são colocados em uma estufa, que reproduz as condições ambientais da tuba uterina, até se formarem os blastocistos. Após, são implantados no útero da mulher”, explica Ferrari.
Ele afirma que é importante esclarecer que os tratamentos requerem o uso de hormônios, porém, na fertilização in vitro, usam-se dosagens mais altas, o que pode causar efeitos colaterais, como alterações do humor, inchaço nos ovários, dor abdominal e nos seios, insônia, enjoos, vômitos, visão embaçada, dores de cabeça, cansaço, irritabilidade, depressão, ganho de peso e, em casos mais raros, cistos no ovário, secura vaginal e síndrome de hiperestimulação ovariana. “Cada caso é único. Existem pacientes que passam por todo o processo sem nenhum efeito colateral. Contudo, é preciso citar os possíveis sintomas que podem ser percebidos após o início da fertilização”, afirma.
A Clínica Vilara está localizada no Hospital Vila da Serra, no 2º andar. Mais informações www.clinicavilara.com.br