Médica do Hospital Vila da Serra esclarece as doenças respiratórias mais comuns no inverno - Hospital Vila da Serra

Médica do Hospital Vila da Serra esclarece as doenças respiratórias mais comuns no inverno

Data da publicação: 08/08/2022

A chegada do inverno aumenta a incidência de doenças respiratórias em razão das baixas temperaturas e o clima seco. “A tendência em permanecermos em ambientes fechados favorece a circulação de vírus e bactérias. As manifestações respiratórias mais prevalentes nessa época do ano são as infecções virais transmissíveis, como gripes resfriados, e suas complicações, como otites, sinusites e pneumonias, e exacerbações ou agravamentos de doenças alérgicas, como asma e rinite”, descreve Dra. Lucele Karine Oliveira Cunha, otorrinolaringologista do Hospital Vila da Serra.

 

Segundo a médica, é importante manter os ambientes arejados, lavar as mãos regularmente com água e sabão ou higienizá-las com álcool, ingerir bastante água e consumir alimentos ricos em vitamina C, que ajudam a fortalecer a imunidade. “Se possível, invista em umidificador para manter a umidade relativa do ar entre 40% e 60%, ou coloque toalhas molhadas nos cômodos. Lave o nariz com soro fisiológico”, orienta. 

 

Dra. Lucele Karine Oliveira Cunha explica a seguir as principais doenças respiratórias no inverno:

 

1)      Gripe: “Infeção causada pelo vírus influenza. Sintomas mais comuns são febre, dor de garganta, coriza, espirros, dores musculares, podendo evoluir para uma pneumonia em idosos e pessoas que fazem parte de grupos de risco. Dura cerca de cinco a sete dias. O tratamento é feito com antitérmicos, analgésicos, lavagem nasal com soro fisiológico, e em grupos de risco podem ser indicados pelo médico antivirais, como oseltamivir. A vacina anual contra o vírus Influenza reduz os casos de maior gravidade”, informa a otorrinolaringologista do Hospital Vila da Serra.                       

 

2)      Resfriados: “Infeção viral com sintomas semelhantes aos da gripe, porém mais brandos. Causada pelos adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, dura cerca de três a cinco dias”, descreve.

 

3)      Sinusites: “Inflamação na mucosa dos seios da face, que são cavidades aéreas que circundam o nariz. As sinusites podem ser virais, alérgicas ou bacterianas – quando os sintomas nasais persistem por mais de sete dias nos adultos, 10 dias nas crianças, ou piora dos sintomas gripais no quinto dia. Sintomas envolvem obstrução nasal, dor na face e/ou na arcada dentária, tosse, sensação de gotejamento na faringe e secreção nasal amarelo esverdeada. O tratamento da forma bacteriana se faz com antibióticos, lavagem nasal e corticoide oral ou nasal”, afirma Dra. Lucele.              

 

4)      Otites: “Inflamação nos ouvidos médios, causada pela entrada de secreção do nariz para o ouvido através da tuba auditiva. É mais comum na infância em função da predisposição anatômica (crianças têm a tuba auditiva mais curta e plana). A maioria das otites são virais e podem ser tratadas sem antibiótico. Porém, em casos de otite bilateral em crianças muito pequenas ou com secreção saindo pelos ouvidos é provável que será necessário tratar com antibiótico, conforme orientação médica”, informa.

 

5)      Pneumonia: “Infecção que atinge os pulmões, pode ser viral, bacteriana ou fúngica. Os sintomas são febre, tosse, dor no tórax ou no corpo. O tratamento exige hidratação oral, antibióticos nos casos bacterianos e suporte de oxigênio, se houver queda de saturação. Importante destacar que é indicado aplicar a vacina pneumocócica em idosos, pacientes com comorbidades (portadores de pneumopatia, sindrômicos e cardiopatas) e crianças pequenas”, orienta a médica.                                     

 

6)      Rinite: “Inflamação na mucosa nasal causada por processos alérgicos, pode durar de minutos a vários dias ou meses. Os sintomas são semelhantes a gripes e resfriados, porém não há febre ou dores no corpo. Tem caráter genético, exacerbado por condições ambientais, como poeira, mofo, pólen, fumaça. O tratamento é feito com corticoide nasal, antialérgico e lavagem nasal, sempre sob orientação médica, além de cuidados com o ambiente”, pontua Dra. Lucele.

 

7)      Asma: “Ocorre por inflamação dos brônquios que sofrem contrações e espasmos, causando chiado no peito e falta de ar. Como a rinite, tem caráter genético e as crises também ocorrem por fatores ambientais. O tratamento é prescrito pelo médico e envolve bombinha broncodilatadoras e anti-inflamatórias e corticoide oral”, diz.