Como nasce a esperança - Notícias - Hospital Vila da Serra

Como nasce a esperança

Data da publicação: 15/09/2014

Onde buscar as forças quando se é tão frágil? Na UTI neonatal do Hospital Vila da Serra, o corpo clínico cuidou de recém-nascidos que vieram ao mundo antes do esperado, com baixíssimo peso muita vontade de viver. Conheça um pouco mais sobre a história de famílias que lutaram junto com a gente a favor da vida, e que hoje vivenciam o que há de mais recompensador: o desenvolvimento dos filhos a passos largos.

Eduarda, 450 gramas. Miguel, 830. Sofia, 1010. Um ao lado do outro, eles lutam pela vida alheios aos fios presos em seu corpo pequenino. No ambiente de luz escassa, não se escuta nenhum choro de bebê, apenas o som agudo dos painéis que monitoram ininterruptamente a pressão, a temperatura e o oxigênio dos diminutos pacientes que ocupam os 24 leitos da unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital Vila da Serra. Cada batida do coração é motivo de celebração dentro do centro dedicado a receber recém-nascidos que necessitam de cuidados especiais. Muitos vieram ao mundo antes do tempo, a maioria entre 26 e 32 semanas de gestação (seis e oito meses). Pequenos e frágeis, são bastante diferentes daqueles acomodados nos berçários convencionais. A pele é rosada e bem fina. As mãozinhas e os pezinhos são menores que o dedo mindinho de um adulto. Alguns precisam ficar em uma incubadora a 35 graus de temperatura e 85% de umidificação, em um ambiente quente, úmido e silencioso, como se ainda estivessem no útero materno. “Há trinta anos, não investíamos em crianças que nasciam com menos de 1 quilo. Elas eram inviáveis e só viviam por milagre”, lembra a pediatra Tilza Tavares. “Hoje, com tantos recursos, podemos salvá-las. Isso é uma revolução.”

 

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