Programa de cirurgia robótica é ampliado com aquisição de equipamento mais moderno do mercado
O Hospital Vila da Serra ampliou seu programa de cirurgia robótica com a aquisição de um novo equipamento, a plataforma Da Vinci Xi, a última geração da tecnologia. O equipamento já está sendo utilizado em cirurgias de diversas especialidades, beneficiando inúmeros pacientes.
A cirurgia oncológica minimamente invasiva foi um importante avanço no tratamento e na cura de diversos tipos de câncer ao permitir um acesso mais preciso às lesões tumorais em áreas mais profundas, reduzir o tempo de internação hospitalar e de consumo de analgésicos – menos dor pós-operatória –, e um retorno mais rápido à rotina e às atividades físicas intensas. Nessa abordagem, a cirurgia robótica é uma evolução do método laparoscópico, como explica o coordenador nacional de uro-oncologia do Grupo Oncoclínicas, André Berger.
“A cirurgia robótica oferece imagem em alta definição e tridimensional (3D), que magnifica os tecidos em até 15 vezes o tamanho original. Os instrumentos são mais delicados e flexíveis que o próprio punho, com isso é possível fazer movimentos mais exatos e chegar a regiões de difícil acesso. Consequentemente, o método reduz a perda sanguínea com uma menor taxa de transfusão de sangue. No câncer de próstata, por exemplo, cirurgia robótica realizada por cirurgião experiente melhora dramaticamente as taxas de preservação de continência e ereção. É uma cirurgia determinante para a cura em casos iniciais, e igualmente decisiva nas fases mais avançadas, podendo eliminar a necessidade de tratamentos adicionais ou mesmo diminuir o intervalo de tempo entre os demais tratamentos oncológicos (quimioterapia, radioterapia). Celeridade é uma prioridade no enfrentamento do câncer”, declara.
O programa de cirurgia robótica do Hospital Vila da Serra atua há mais de sete anos e já realizou mais de 1.500 procedimentos, é considerado um dos maiores da América Latina.
Os benefícios da quarta geração da tecnologia (Xi) são inegáveis, poucos centros hospitalares do Brasil dispõem dela. “Tecnicamente, a plataforma da Vince Xi traz uma facilidade maior de acoplagem, sendo possível alterar a posição do paciente quando necessário. O selador articulado permite fazer hemostasia e ressecção; os endogrampeadores são usados sem interferência de instrumentos auxiliares. Além disso, o sistema integrado de visualização por fluorescência (Firefly) consegue, por meio de contraste, identificar lesões tumorais, ponto essencial para as decisões intraoperatórias”, descreve Helio Calabria, gerente executivo da OC Care Linha de Cuidados da Oncoclínicas.