Quando procurar assistência no Pronto Atendimento infantil - Notícias - Hospital Vila da Serra

Quando procurar assistência no Pronto Atendimento infantil

Data da publicação: 03/06/2022
A saúde dos pequenos é uma grande preocupação para toda a família e sempre que estão doentes, há o desejo de resolver o mais rápido possível!
Crianças pequenas, na maioria das vezes, ainda não conseguem expressar bem o que estão sentindo, e isso é motivo de angústia para os pais.
Nesta época do ano, é muito frequente o aparecimento de doenças respiratórias agudas, principalmente virais, mas, na maioria das vezes, o atendimento pode ser realizado em consultório.
É importante saber diferenciar as situações em que a criança pode esperar a consulta pediátrica, de preferência com seu pediatra assistente, daquelas em que há indicação para que o atendimento seja no serviço médico de urgência.
Levar uma criança na urgência quando poderia esperar o atendimento em consultório, além de trazer desconforto ao pequeno que está doente, aumenta a quantidade de pacientes aguardando, o que faz os serviços de saúde ficarem muito cheios, com atendimento mais lento e ainda coloca a criança em risco de contrair outras doenças.
Veja algumas dicas e orientações de quando procurar assistência no Pronto Atendimento Infantil.
Recém-nascidos
São um grupo de pacientes mais sensíveis e delicados. Devem retornar à maternidade de nascimento em até 28 dias de vida quando apresentam:
-Baixa aceitação da amamentação
-Redução da urina >> normalmente a quantidade de urina do bebê vai aumentando ao longo dos dias, indo de 3 fraldas de xixi do segundo para o terceiro dia de vida, até uma média de 6 a 8 fraldas de xixi por dia.
-Febre, bebê pouco ativo, irritabilidade intensa associada a falta de apetite.
-Presença de vermelhidão e secreção no coto umbilical.
-Dificuldade respiratória

-Movimentos musculares repetitivos e incoordenados, em que haja a dúvida sobre a presença ou não de convulsões.
-Presença de sangue na urina ou fezes, ou ainda outros sinais de sangramento. Manchas alaranjadas na fralda do bebê geralmente são de cristais de urato e não representam um problema, vão desaparecer com o passar dos dias.
-Fezes de coloração muito clara, ou brancacentas, principalmente se associadas a icterícia.
-Icterícia, com pele amarelada abaixo da região da virilha (normalmente a pele vai se tornando amarelada primeiro na cabeça, posteriormente peito, barriga e assim por diante) >> a icterícia, se intensa, pode ser associada a sequelas neurológicas, então é importante a avaliação do pediatra assistente e encaminhamento para dosagem e avaliação da necessidade de fototerapia.
-Traumas >> quedas do colo, de cima da cama, etc >> em recém-nascidos devemos sempre avaliar!
Crianças de outras idades
-Acidentes domésticos, traumas, queimaduras, quedas que causem ferimentos.
-Traumas na região da cabeça, especialmente se houver perda de consciência.
-Reações alérgicas intensas. -Diarreia e vômitos frequentes acompanhados por sinais de desidratação (urina concentrada e em menor quantidade, choro sem lágrimas, boca seca).
-Febre persistente, que não abaixa com o uso de antitérmicos, com duração de mais de 48 horas, principalmente se associada a sinais de hipoatividade ou apatia ou se está acompanhada de prostração, recusa alimentar, recusa de líquidos e redução da diurese.
-Alterações neurológicas como tontura, sonolência fora do habitual, confusão mental, cefaleia acompanhada por vômitos e crises convulsivas.
-Dificuldade respiratória.
-Quadros de intoxicação >> ingestão de medicamentos dos pais ou avós, de produtos de limpeza etc.
-Sangramentos espontâneos e inesperados como sangramento nasal que não melhora com compressão; sangramento em gengiva ou boca sem trauma; sangue nas fezes ou urina, especialmente se acompanhados por irritabilidade e dor.
Se o seu filho está doente, mas não se enquadra nos casos acima, procure o seu Pediatra de confiança!
Isso evitará o estresse de procurar atendimento em um serviço de urgência, e ele será medicado por alguém que o conhece e acompanha, fazendo com que a abordagem seja ainda mais assertiva